Total de visualizações de página

quinta-feira, 2 de abril de 2015

OS INCOMODADOS MUDAM


MOBILIZAÇÃO, MOTOR PROPULSOR DA INQUIETUDE

“Mobilizar: Verbo transitivo e pronominal, causar a mobilização de algo, alguém ou de si próprio, movimentar-se, mover-se. Pôr-se em ação conjunta com pessoas para uma tarefa, campanha. Conclamar pessoas a participarem de uma atividade social, política ou de outra natureza, insuflando-lhes entusiasmo, vontade etc.” – Conceito informado pelo curso virtual Educação pela Comunicação da Cipó Comunicação Interativa.
Muitos já devem ter lido ou ouvido sobre a fábula do Beija-Flor e o Incêndio na Floresta e sabem da célebre resposta que ele dá quando é indagado sobre o que estava fazendo para apagar o fogo (carregava gotas de água do lago para apagar um enorme incêndio) “Estou fazendo minha parte”. Existem várias temáticas morais para essa belíssima representação da vida. Só que para esse texto, vou olhar pelo ângulo da inquietude. Pôr sentir-se incomodado com o fogo que queimava toda à floresta o Beija-Flor percorrer, por várias vezes, o caminho que ligava o fogo ao lago, onde ele coletava com seu pequeno bico gotas de água para amansar o incêndio. O personagem principal dessa estória estava inquieto... Inconformado com a atual situação degradante do seu habitat.
Os incomodados mudam! O Beija-Flor mobilizou... Fez algo acontecer e ainda chamou atenção de outros animais por sua atitude. Conhecemos o ditado que diz: ”Os incomodados que se mudem”. No entanto, vejo esse ditado de forma diferente. Acho que quem realmente está incomodado, não se muda, entretanto muda algo, alguém ou a si próprio. Se mudar de lugar não vai mudar nada! Os outros animais da fábula estavam fazendo isso – fugindo de cena. É fácil fugir e não trazer responsabilidades para si. Essa atitude não apagou o fogo. Nem as gotículas de água que o Beija-Flor carregava, sabemos disso! Mas certa frase define bem o que quero dizer O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas, sem ela, o oceano será menor" - (Madre Teresa de Calcutá). Sua parte é uma partícula de um todo. É preciso inquietar-se para fazer algo acontecer!

IMPULSIONADOS PELA INQUIETUDE



Já pensou se a estória trágica do Incêndio na Floresta fosse diferente? Se todos os animais resolvessem inquietar-se e preocupar-se com fogo e não com suas individualidades egocêntricas? A moral seria diferente, correto? Todos estariam voltados para um mesmo objetivo e propósito: APAGAR O FOGO!
Faltou organização coletiva de um bem em comum. “... a mobilização social também é entendida como a organização da ação e dos pensamentos de um grupo de pessoas que deseja alcançar um determinado objetivo em comum - seja colaborar com a melhoria da educação pública ou com os cuidados com meio ambiente”, Módulo IV do curso On-Line, Educação pela Comunicação, promovido pela Cipó Comunicação Interativa.
É sempre bem vinda a teórica sobre mobilização, mas nada vale se a prática não for colocada em ação. Uma organização da ação e do pensamento não consiste apenas em conceitos lógicos e racionais sobre mobilizar, mas tão importante quanto explicar a importância de mover-se é mexer com a emoção das pessoas. Pessoas precisam envolver-se espiritualmente com a ação mobilizadora. Em outras palavras, é preciso promover o desejo guardado dentro das pessoas. A questão de o Beija-Flor ter feito sua parte vai muito além dele querer apagar somente um incêndio; o que essa fábula traz, olhando pelos olhos da mobilização, é que um animal tão pequeno com bico tão fino e curto aqueceu o “fogo” dentro das consciências alheias que perpassavam por sua atitude. O Beija-Flor incendiou a alma mobilizadora daqueles animais... Ele incomodou! Tanto que outros vieram lhe perguntar “O que você está fazendo?”
É preciso extrair essa pergunta das pessoas: “O que é isso?”. Se uma mobilização (seja de si próprio ou em prol de algo) não surtir efeito no outro, se ela não provocar a inquietude de outras pessoas em torno de um mesmo objetivo, ela tem seus dias contados sem resultados.

O QUE FAZER PARA PROPULSAR UMA MOBILIZAÇÃO? COMO EXTRAIR DAS PESSOAS O DESEJO DE JUNTAR-SE EM PROL DE ALGO?



A melhor forma de construir esse desejo interno de cada indivíduo é criar um “imaginário convocante” que faça sentido para todos os envolvidos e desperte paixões entre os integrantes. O que seria isso? Identificar uma necessidade que clame por transformação e reunir todos em torno de seu desejo de mudar isso, gerando ações contínuas e duradouras. “Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados” – (Bernardo Toro).
No caso do nosso personagem em questão, o Beija-Flor, ele construiu esse “imaginário convocante” com sua própria atitude de começar apagar o fogo pelas gotas de água que carregava em seu pequeno bico. Nem sempre (e essa afirmação soa um tanto quanto contraditória com a temática geral desse texto) uma convocação precisa ser alarmante... Com carro de som, chamadas virais pelas redes sociais, através da mídia nacional, nem tão pouco com voz. Mas uma convocação pode ser feita sim com atitudes e sem nenhuma palavra falada pela boca – desculpe-me pela redundância, mas torna-se pertinente assim o descrever. Quando digo que um planejamento para promover inquietações alheias tem que acontecer, não digo, em nenhum momento, que isso precisa ser feito com barulhos e uma chamada oficial. O Beija-Flor aguçou a atenção de outros bichos sem dá uma palavra. Ele só respondeu a uma pergunta que o fizeram.
Mexer com a emoção das pessoas, fazê-las refletir sobre um motivo de mobilizar, instigar o desejo de mudança, provocar a inquietude dos acomodados, motorizar e aquecer a mobilidade de um coletivo é sempre válido, todavia não valerá de nada se todos não agirem em prol de um mesmo objetivo. Na maioria das histórias sobre o Beija-Flor na Floresta o fogo continua, as atitudes se apagam e só um trabalha em prol de um contexto geral.
Na estória do Beija-Flor vejo também, por incrível que pareça, uma comodidade dessa pequena ave ou apenas um único foco de seu exercício: APAGAR O FOGO. Será que esse fogo não poderia ser apagado se ele convencesse outros animais a lhe ajudar? Será que lhe faltou o coletivo? Será que se ao invés de gotículas de água para apagar tão grande fogo, ele promovesse, com seus amigos, o real desejo de não ter sua casa queimada fosse uma melhor solução? Afinal o fogo não foi apagado, né? Tudo bem fazer nossa parte... mas se pudermos transformar nossa parte em um oceano de anseios, talvez possamos colher mais resultados. Longe de mim destruir a cândida estória do Beija-Flor (até porque alguém precisa fazer alguma coisa, né?) Porém trago essa reflexão para nós: MOBILIZAR PODE FAZER MAIS EFEITO QUE TRABALHAR SOZINHO!

OS INCOMODADOS MUDAM, MAS SÓ QUANDO REALMENTE QUEREM



Em uma pesquisa pela internet sobre as diversas interpretações dessa fábula, encontrei uma que o Beija-Flor convence os outros animais e todos juntos conseguem apagar o fogo na floresta. Provavelmente o autor dessa versão estava pensando (mesmo que “inconscientemente”) sobre mobilização. Nessa versão a ave consegue mobilizar o desejo de mudança que existe dentro dos animais. Qual foi o produto propulsor dessa transformação? O ENGAJAMENTO! O Beija-Flor conseguiu acordos em comuns; os animais alistaram-se para o serviço. Eles sentiram-se incomodados e quiseram uma mudança verdadeira e rápida. Para uma mobilização é preciso haver comunicação (mesmo não verbal), acordos, princípios, desacordos, debate, consenso, interação e acima de tudo, REAL DESEJO DE MUDAR PARA O MELHOR DE TODOS.


- Mobilização começa em mim, mas não precisa estacionar em minha vontade particular. “Os incomodados que (SI) mudem” 

Por: Dinny Ventura 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

COMO ESTÃO REPRESENTADOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL?



Com certeza de várias formas. O Brasil é um país multi social que precisa de várias demandas e as maneiras de lutar por esses direitos e benefícios são bem diversificadas. No entanto, todas elas, muitas vezes, se encontram nesse processo de “revolução” ou manifestação, criando assim uma única identidade como foi o caso das Manifestações que aconteceram em junho de 2013, inicialmente foram os R$ 0,20 no aumento dos transportes coletivos e logo mais um Gigante havia acorda no país inteiro a favor dos DIREITOS HUMANOS que estavam engasgados nas gargantas de cada cidadão.



Antes de explicar um pouco sobre alguns movimentos e seus objetivos é justo definir o que são movimentos sociais: Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específico, permeado por tensões sociais. Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma realidade hostil a certo grupo ou classe social. Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma determinada realidade que se caracterize como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este último constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses (Uma definição do site Brasil Escola). Cada manifestação tem um propósito.
Cada manifestação terá um resultado. Ou seja, cada manifestação é particular. Porém as manifestações que ocorreram na mesma época das Copas das Confederações trouxeram impressas nelas uma “salada de frutas” de questões sociais que quase todos brasileiros mostraram que estavam de acordo para a luta. Educação, saúde, segurança, bons transportes com preços mais baratos, direitos de pequenos grupos, dentre outros, foram os pedidos nos cartazes do movimento que se iniciou nas redes sociais da internet e gritou suas solicitações nas avenidas: #VEMPRARUA!



Existem alguns exemplos de movimentos; o da causa operária, o movimento negro (contra racismo e segregação racial), o movimento estudantil, o movimento de trabalhadores do campo, movimento feminista, movimentos ambientalistas, da luta contra a homofobia, separatistas, movimentos marxista, socialista, comunista, entre outros. Sem contar os mais novos movimentos que nascem nas redes sociais.
Através de grupos politizados em prol de uma mesma motivação para melhorias sociais no Brasil os manifestantes reagem nas mediações de greves, protestos, passeatas e até mesmo vandalismo disfarçado de movimento social. Os manifestantes se organizam com o objetivo de terem suas opiniões ouvidas pelo governo. Não é de hoje ou em 2013 que os brasileiros acordaram para lutar. A proclamação da República em 1889, o Golpe Militar de 64, o Diretas Já em 84 e o Impeachment de Collor em 92 são exemplos de movimentos sociais que já aconteceram no Brasil. 
(Por: Dílson Ventura)



NÃO CONFUNDAM PRECONCEITO COM RACISMO


Racismo: "é uma maneira de discriminar as pessoas baseada em motivos raciais, cor da pele ou outras características físicas, de tal forma que umas se consideram superiores a outras. Portanto, o racismo tem como finalidade intencional (ou como resultado) a diminuição ou a anulação dos direitos humanos das pessoas discriminadas. Exemplo disto foi o aparecimento do racismo na Europa, no século XIX, para justificar a superioridade da raça branca sobre o resto da humanidade."
Preconceito: "é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude “discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente."
- UMA PESSOA QUE É PRECONCEITUOSA NEM SEMPRE É RACISTA. NO ENTANTO, UM RACISTA EM SUA ESSÊNCIA JÁ ESTÁ SENDO PRECONCEITUOSO E DESCRIMINADOR. EX: UMA PESSOA PODE TER UM PRECONCEITO CONTRA ALGUMA CULTURA NEGRA (SUAS DANÇAS, POR EXEMPLO) E NÃO SER RACISTA - já que racismo, dentre outros detalhes, é achar que sua raça é superior a de outrem. OUTRO DETALHE SUPER IMPORTANTE E QUE MUITAS PESSOAS NEM SABEM OU CONFUNDEM: Racismo NÃO está unicamente ligado aos NEGROS. É uma questão de raça. OU SEJA, RACISMO PODE SER CONTRA BRANCOS, AMARELOS, INDÍOS, JUDEUS ETC. Então tudo que for ligado a inferiorização de alguém em relação a sua raça ou sua cultura genética – se ramificando para cultura comportamental; é racismo. Ou seja, “chicanar” do modo como os judeus fazem suas orações e se vestem e achar que esse ato deles é burro e que o SEU é melhor, É RACISMO. Assim como ridicularizar as comidas e o modo como os índios (os poucos que ainda sobraram depois dos genocídios) se vestem ou fazem suas dança da chuva, também É RACISMO. O RACISMO NÃO É SÓ CONTRA OS NEGROS E TER ESSA CONSCIÊNCIA É SIM TER UMA CONSCIÊNCIA NEGRA. Não podemos esquecer-nos das outras classes ou POVOS! E acredito que muitos negros, como eu, também pensam assim.

Agora remando contra a maré, PRECONCEITO RACIAL É SIM RACISMO – o próprio nome já diz tudo! Não tem como se ter uma pré ideia de algo que antecede um conceito (que na maioria das vezes vem acompanhada de ignorância sobre o assunto) quando essa ideia é racial. TER UM PRECONCEITO ATÉ É PERDOÁVEL JÁ QUE O SER HUMANO É CRÍTICO POR NATUREZA – mesmo sem saber do que se trata. PORÉM, UM PRECONCEITO RACIAL NÃO DÁ PARA ENGOLIR. PARTE DO PRINCÍPIO RACISTA! UM PRECONCEITO RACIAL É A ALTA CLASSE DO RACISMO. NADA MAIS É QUE UM FILHO, PRODUTO, RESULTADO DE UMA PRÁTICA NOJENTA CONTRA A HUMANIDADE. É ter um pré-juízo concebido de uma inferiorização sobre uma raça irmã. AFINAL, TODOS NÓS SOMOS HUMANOS! DE FATO É QUE NÃO SEJAMOS NEM PRECONCEITUOSOS, NEM RACISTAS E NEM TÃO POUCO TER IDEOLOGIAS PRÉ-FORMULADAS SOBRE RAÇAS. DISCORDAR SIM! É SEU DIREITO. COMETER “GENOCÍDIOS IDEOLÓGICOS” AO PONTO DE DEIXÁ-LOS ESCAPAR PELA BOCA OU EM SEUS OLHOS NÃO, NÉ?

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

É POSSÍVEL ESCREVER BEM


“Escrever está na moda. As novas tecnologias de comunicação, quem diria, ressuscitaram o valor da escrita. Já não se escrevem cartas como antigamente, mas concisas mensagens eletrônicas. Já não se admitem relatórios longos e complexos. Tempo é dinheiro. Relatórios devem ser objetivos e contundentes. E os vestibulares? Estudante não entra na faculdade se falhar na redação. Nunca se precisou tanto da escrita quanto agora.”
Dad e Arlete


A ARTE DE PENSAR
Penso, logo existo.
René Descartes


“... Quem já passou horas diante de uma tela em branco do computador em dúvida sobre por onde começar sabe o que é angústia. Os mais velhos devem se lembrar das páginas arrancadas das máquinas de datilografia quando se instalava a tortura. O papel jogado na lata de lixo tinha a vantagem de materializar o peso do tormento na vida dos candidatos a Machado de Assis, Elio Gaspari ou Roberto Pompeu de Toledo. Com o computador, não há sinais visíveis do sofrimento, mas ele continua, firme e forte.”

É justamente essa a proposta do ESTÓRIAS REAIS – NOSSAS HISTÓRIAS: mandar para as cucuias esse SOFRIMENTO no momento de escrever. Deixe-o morrer dentro de você. Acredite no seu potencial. Não tenha medo! O objetivo aqui é escrever sem o medo de acertar. O erro já é inerente ao ser humano e na hora de escrever então, nem se fala. Por isso que com a ajuda do livro A ARTE DE ESCREVER BEM de Dad Squarisi e Arlete Salvador, vamos construir um debate bem dinâmico em volta de dicas e estratégias de como desenvolver de forma simples um bom texto, claro e objetivo. NÃO TENHA MEDO DE ACERTAR... TENHA MEDO SIM DE ERRAR! VENHA CONOSCO NESSA AVENTURA QUE É A LÍNGUA PORTUGUESA. SEJA CORAJOSO E PONHA PRA FORA O ESCRITOR DE CADA DIA QUE TEM DENTRO DE VOCÊ.

Na postagem de hoje vamos ver somente duas dicas introdutórias na arte de escrever:

  • Seja natural- Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje as frases com pausas e, sempre que couber, com perguntas diretas. Confira a seus textos um toque humano. Você está escrevendo para as pessoas.


  • Seduza- Vá direto ao assunto. Comece pelo mais importante. E comece bem, com uma frase atraente, que lhe desperte o interesse e o estimule a prosseguir a leitura. No final, dê-lhe o prêmio: um fecho de ouro, como inesquecível sobremesa a coroar um lauto (luxuoso) jantar.


Com essas duas primeiras dicas introdutórias seremos capazes de desenrolar outras mais que vamos aprender nas próximas postagens. Até mais!

NOS ACOMPANHE... 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Inscrições abertas ao XIV Encontro Nacional de Direitos Humanos







O site da Fundação Instituto de Direitos Humanos (www.idh.org.br) abre inscrição para participação do XIV ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS que será realizado no período de 9 a 11 de dezembro de 2014; das 08h00 às 12h00 e depois de um intervalo, das 14h00 às 18h00. O evento será realizado no Auditório da Assembleia Legislativa, no CAB - Centro Administrativo da Bahia. O tema central do encontro deste ano é ÉTICA E POLÍTICA E AS SUAS REPERCUSSÕES SOBRE A EFETIVIDADE DOS DIREITOS HUMANOS e tem como objetivo reunir baianos para discutir juntos com vários representantes qual a melhor forma de fazer política. O encontro é aberto a todas as pessoas que poderão fazer suas inscrições através do site www.idh.org.br gratuitamente. Será fornecido Certificado de comparecimento com carga horária de 30 horas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

QUER VER MEUS SEIOS? - DA SÉRIE OUTUBRO ROSA (COMEÇANDO O MÊS...)

A Nestlé lançou uma campanha que incentiva mulheres de todo mundo a terem mais atenção e cuidado com os próprios seios.

Em homenagem ao "Outubro Rosa" foi criada a hashtag #CheckYourSelfie (Verifique-se) e um vídeo bem humorado, que mostra homens, crianças, cachorros e outras mulheres olhando o seio da protagonista do vídeo, que leva uma câmera escondida em seu brilhante sutiã rosa.

CLICA AÍ E VEJA LÁ!

(O LINK É DO SITE CATRACA LIVRE QUE É UM SHOW EM PLURALIDADE INFORMATIVA - DÊ UMA VIAGEM NO SITE TAMBÉM VÃO GOSTAR!)


Aproveitando a temática... visitem a página do facebook da NASPEC uma instituição que "prestar pleno apoio aos adolescentes, adultos e idosos carentes, e com câncer dos 416 municípios da Bahia, além de orientação e apoio logístico aos de Salvador, sem discriminações". Eu conheço (de perto - já fiz uma entrevista com ela e participei do evento Outubro Rosa no Dique do Tororó ao seu lado) o trabalho feito pela coordenadora Romilza Medrado, presidente e idealizadora do Naspec.


REDEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL: O BANDO SENDO UM



By: Dilson Ventura - texto crítico sobre mobilização social e a nova democracia



Dentre várias coisas que nos difere dos animais irracionais o poder de pensar é uma delas, mas somos muito parecidos com eles quando o assunto é relação interativa com a natureza de modo geral. É muito fácil perceber como os felinos andam em bando quando querem caçar. Existe um jogo de olhares, uma combinação simbólica e acima de tudo uma parceria determinante. No entanto, na maioria dos casos, uma, somente uma leoa (pois as caças são feitas pelas fêmeas) agarra sua presa e disponibiliza para os reis da floresta comerem. Depois que eles se alimentam o que sobra fica para as felinas e os filhotes.



Temos nesse processo de cadeia alimentar uma organização política e em linha torta uma chamada democracia elitista. Em que os leões são a elite e as leoas e os filhotes a sociedade organizada. Nessa representação onde está o ser social brasileiro? Visivelmente em nenhum lugar que possamos ver, pelo menos não com um olhar de quem procura um protagonista, todavia esse integrante existe, ou melhor, no caso da demonstração aqui colocada logo acima, essa integrante existe. Esse ser social brasileiro é representado por uma das felinas (ou todas juntas) que lutava em bando para conquistar sua presa. A partir do momento que uma se destaca com intenções de interesses próprios ou outro felino impõe autoridade e fica com maior parte do que todos conseguiram o ser social é desvalorizado e deixado para trás. A democracia dirigente de um liberalismo conservador existe na leitura que o leão – o Rei da Selva; faz de sua auto-importância e autoridade. Primeiro ele come, porém ele deixa uma pequeníssima parte do alimento para seu bando. No ponto de vista da modernidade democrática isso não seria, propriamente, uma democracia. Por que os felinos, todos juntos, não poderiam então comer no mesmo instante já que fizeram parte da caça? Isso seria um modelo democrático feito em conjunto do Rei (o Estado) com as leoas (a Mobilização social).



O conceito básico pelo qual existimos parte do princípio de que o ser social é tanto objetivo como subjetivo e está em relação constante consigo mesmo, com a natureza e com os outros homens. Quando um ser está em sua individualidade singular, para que seja social, é preciso se posicionar mesmo que subjetivamente como um ser totalitário – que pense como em conjunto, bem comum. Um ser social é um ser dialético que se transforma através das condições sócio-históricas, culturais e econômicas e que contribui e determina essas condições quando intervém coletivamente interagindo com outros homens.



A leoa quando se individualizou na busca pela presa, de certa forma, olhando por outro ângulo, ela também buscava uma ideologia democrática; a de compartilhar com seu “chefe” de bando e suas companheiras. A diferença desta questão moral é que a minoria foi beneficiada por uma democratização regida de “cima para baixo”. Uma política totalmente autoritária sem a participação dos lucros de forma igualitária. É preciso instaurar uma democracia de "baixo para cima". É preciso que o BANDO SEJA UM!