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sábado, 23 de março de 2013

SECOS NA VIDA... VIVOS NA LITERATURA: A maior obra do regionalismo nordestino do século XX se mantém viva.

Vidas Secas: A maior obra do regionalismo nordestino do século XX se mantém viva
O romance conta a história de cinco personagens na luta pela
sobrevivência. Fabiano, Sinhá Vitória, menino mais velho, menino mais
novo e a cadela Baleia são cinco almas que se confundem com milhares
de tantas outras espalhadas pelo Nordeste brasileiro. Com um
importante objetivo: Fugir da estiagem em busca de sustento.
Vidas Secas mostra uma história que continua latejando na literatura
brasileira, como uma ferida aberta pela miséria e pela seca no sertão
nordestino.




O romance que narra a jornada de uma família de retirantes é
considerado a obra mais representativa do regionalismo do século XX. A
luta desumana dos fugitivos da seca, viajando para o sul na tentativa
de escapar dos rigores do sertão, é o retrato mais brutal das
desgraças a que estão submetidos muitos nordestinos.
Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos, seguidos pela cachorra
Baleia, vagam de fazenda em fazenda, percorrendo quilômetros de terra
rachada, em busca de um pedaço de chão que lhes dê o que comer. São
criaturas jogadas ao extremo da miséria, vestem-se com roupas sujas e
rasgadas, não possuem comida, saúde e nem futuro.Como se já não fossem
muitas as adversidades, os retirantes ainda sofrem com a prepotência
do fazendeiro enganador e com as injustiças de uma estrutura
sociopolítica decadente.




Graciliano Ramos não só desnudou as incongruências sociais do sertão
nordestino como também revelou o íntimo de seus personagens. Em Vidas
Secas, ele demonstra o estrago que a vida de privações provoca na
maneira como suas criaturas vêem o mundo, os bichos e as coisas. Faz
uma profunda análise psicológica, buscando sempre investigar o homem e
seus dramas individuais. Sonhos, angústias, desejos.
É como se cada um tivesse seu momento no divã. Tudo vem à tona de modo
retalhado, mas sempre deixando clara a condição de impotência dos
personagens diante do mundo e de si mesmos. Graciliano disseca as
dores dos condenados do sertão, mostrando quão embrutecidos ficam os
homens diante de um mundo que lhes nega tudo.
A situação subumana de vida dos retirantes explica a importância dada
a sonhos aparentemente tão banais. É o caso, de Sinhá Vitória, que
deseja profundamente uma cama de lastro de couro, onde possa dormir
como gente de verdade. Para ela, uma cama talvez redimisse a
condenação de uma existência miserável.
O ponto de ligação entre todos os personagens é a luta pela
sobrevivência. Fabiano e sua família não dominam a linguagem verbal.
Embrutecidos falam pouco.
Outro fato a destacar na obra é o fato dos filhos do casal não
possuírem nomes. Na mesma proporção que Graciliano animaliza as
pessoas em sua obra, o autor humaniza os bichos. A cachorra que os
acompanha é tratada como gente, possui nome e até sonhos próprios.
O universo apresentado por Graciliano Ramos é envolvido por enredos
que abordam a seca, o latifúndio, o drama dos retirantes, a caatinga.
As vidas secas que habitam o romance são seres oprimidos, fabricados
pelo meio.

A ARTE DE SER JORNALISTA




Ser Jornalista é...

...saber persuadir, seduzir. É hipnotizar informando e informar hipnotizando. É não ter medo de nada nem de ninguém. É aventurar-se no desconhecido, sem saber direito que caminho irá te levar. É desafiar o destino, zombar dos paradigmas e questionar os dogmas. É confiar desconfiando, é ter um pé sempre atrás e a pulga atrás da orelha. É abrir caminho sem pedir permissão, é desbravar mares nunca antes navegado. É nunca esmorecer diante do primeiro não. Nem do segundo, nem do terceiro... nem de nenhum. É saber a hora certa de abrir a boca, e também a hora de ficar calado. É ter o dom da palavra e o dom do silêncio. É procurar onde ninguém pensou, é pensar no que ninguém procurou. É transformar uma simples caneta em uma arma letal. Ser jornalista não é desconhecer o perigo; é fazer dele um componente a mais para alcançar o objetivo. É estar no Quarto Poder, sabendo que ele pode ser mais importante do que todos os outros três juntos.


Ser jornalista é enfrentar reis, papas, presidentes, líderes, guerrilheiros, terroristas, e até outros jornalistas. É não baixar a cabeça para cara feia, dedo em riste, ameaça de morte. Aliás, ignorar o perigo de morte é a primeira coisa que um jornalista tem que fazer. É um risco iminente, que pode surgir em infinitas situações. É o despertar do ódio e da compaixão. É incendiar uma sociedade inteira, um planeta inteiro. Jornalismo é profissão perigo. É coisa de doido, de maluco beleza. É olhar para a linha tênue entre o bom senso e a loucura e ultrapassar os limites sorrindo, sem pestanejar. É saber que entre um furo e outro de reportagem haverá muitas coisas no caminho. Quanto mais chato melhor o jornalista.

Ser jornalista é ser meio metido a besta mesmo. É ignorar solenemente todo e qualquer escrúpulo. É desnudar-se de pudores. Ética? Sempre, desde que não atrapalhe. A única coisa realmente importante é manter a dignidade. É ser petulante, é ser agressivo. É fazer das tripas coração pra conseguir uma mísera declaraçãozinha. É apurar, pesquisar, confrontar, cruzar dados. É perseguir as respostas implacavelmente. É lidar com pressão, pressão de todos os lados. É saber que o inimigo de hoje pode ser o aliado de amanhã. E a recíproca é verdadeira. É deixar sentimentos de lado, botar o cérebro na frente do coração. É ser frio, calculista e de preferência kamikaze. É matar um leão por dia, e ainda sair ileso. É ter o sexto sentido mais apurado do que os outros, e saber que é ele quem vai te tirar das enrascadas. Ou te colocar nelas.

Ser jornalista é ser meio ator, meio médico, meio advogado, meio atleta, meio tudo. É até meio jornaleiro, às vezes. Mas, acima de tudo, é orgulhar-se da profissão e saber que, de uma forma ou de outra, todo mundo também gostaria de ser um pouquinho jornalista. Parabéns a nós!

quinta-feira, 21 de março de 2013

RESENHA CRÍTICA DO FILME: PRECIOSA – UMA HISTÓRIA DE ESPERANÇA





Clarice, uma jovem americana de 16 anos, convive com a descriminação e preconceitos por ser pobre, negra, analfabeta e gorda.
Apesar de muito jovem, Clarice conhece logo a violência em suas diversas faces, pois desde os três anos de idade ela sofre abusos sexuais cometidos constantemente por seu próprio pai; tendo como conseqüência um filho com “Trissomia 21”. Cria-se um ódio por parte de sua mãe por causa das relações sexuais que o patriarca tinha com Preciosa ainda criança. Mary (Mo’Nique), além de ser preguiçosa é uma aproveitadora e abusa física e verbalmente da filha.

O filme – Preciosa - traz uma realidade não muito doce ao “paladar mental”. Demonstrando certa valorização da problemática alheia e ao mesmo tempo alertando que todos passam por dificuldades, ou até mesmo, traumas; sejam eles pessoais ou de ordem social. Traumas esses que podem afastar ou interiorizar dificuldades e medos que no futuro podem servir de obstáculos para um crescimento espiritual, intelectual ou emocional – assim como aconteceu com Claireece na dificuldade para ler e escrever.

O longa é muito chocante, pois nos remete a uma realidade que se esconde em vários lares: o abuso sexual infantil.Um ambiente familiar fragilizado e desequilibrado para o crescimento de uma criança, com certeza, irá bloquear, ou até, desconfigurar o caráter ainda em construção desse infanto. Uma criança precisa de amor pra futuramente no meio social saber não só dar amor em troca como, também, possibilitar ser fonte de intelectualidade, confiabilidade, carinho, e acima de tudo, humanidade. Todo ser humano tem direitos de condições de vida. Ninguém pede para vir ao mundo! Os pais são responsáveis pela educação de modo geral dos seus filhos. Clarice Jones, no filme, infelizmente não teve a sorte de ter uma família que rege a lei da base construtora. Aliás, até teve... No entanto, essa construção caminhou na contramão e por pouco esse “carro” Precioso não bateu e se destruiu de vez. Preciosa foi levada à oficina da exteriorização de seus monstros e através de seu diário consegue falar e escrever o que muitos da sociedade ainda não conseguem por causa de diversas opressões e maus tratos.

sexta-feira, 8 de março de 2013

ESTUDO COMENTADO SOBRE FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS



(Livro: Fernando Pessoa - Obra poética I - Mensagem - )
Trechos de Jane Tutikian - comentários Dilson Ventura

O QUE SÃO HETERÔNIMOS?

Por que heterônimos e não pseudônimos? Porque, quando usa um pseudônimo, um poeta se esconde atrás de um nome falso. É para esconder o nome verdadeiro que o pseudônimo existe. O heterônimo, ao contrário, não esconde ninguém, é um personagem, criado pelo poeta, que escreve sua própria obra. Tem nome próprio, obra própria, biografia própria e, sobretudo, em estilo próprio. Ao criador de heterônimos se dá o nome de  Ortônimo.

(Fernando Pessoa deu vida a personagens que escrevem suas próprias histórias e tinham atitudes particulares, mas que de forma subjetiva relatam, com arte e poesia, fragmentos de sua vida)

CARACTERÍSTICAS DOS HETERÔNIMOS

ALBERTO CAEIRO: Nasceu 1889 e morreu em 1915; nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda sua vida no campo. Não teve profissão nem educação quase alguma. [...] Caeiro era de estatura média, e, embora realmente frágil (morreu tuberculoso), não parecia tão frágil como era. [...] Cara rapada todos – o Caeiro louro sem cor, olhos azuis; [...] Caeiro, como disse, não teve mais educação que quase nenhuma – só instrução primária; morreram-lhe cedo seu pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos.




RICARDO REIS: Nasceu em 1887 (não me lembro do dia e mês, mas tenho-os algures) no Porto, é médico e está presentemente no Brasil. [...] Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco, mais baixo, mais forte, mas seco. (Do que Caeiro, que era de estatura média) [...] Cara rapada todos – [...] Reis de vago moreno mate; [...] Ricardo Reis, educado num colégio de jesuítas, é, como disse, médico; vive no Brasil desde 1919, pois expatriou espontaneamente por ser monárquico. É um latinista por educação alheia, e um semi-helenista por educação própria. [...] Como escrevo em nome desses três? [...] Ricardo reis, depois de uma deliberação abstrata, que subitamente se caracteriza numa ode. [...] Reis escreve melhor do que eu, mas com um purismo que considero exagerado. [...]



ÁLVARO DE CAMPOS: (o mais histericamente histérico de mim) [...] Nasceu em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890 (à 1,30 da tarde, diz-me o Ferreira Gomes; e é verdade, pois, feito horóscopo para essa hora, está certo). Este, como sabe, é engenheiro naval (Por Glasgow), Mas agora está aqui em Lisboa em inatividade. [...] Álvaro de Campos é alto (1,75m de altura, mais 2 cm do que eu), magro e um pouco tendente a curvar-se. Cara rapada todos – [...] Campos entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo. [...] Álvaro de campos teve uma educação vulgar de liceu; depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval. Numas férias fez a viagem ao Oriente de onde resultou o Opiário. Ensinou-lhe latim um tio beirão que era padre. Como escrevo em nome desses três? [...] Campos, quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê. [...] Caeiro escrevia mal o português, Campos razoavelmente mas com lapsos como dizer <<eu próprio>> em vez de <<eu mesmo>> etc. [...] O difícil para mim é escrever a prosa de Reis – ainda inédita – ou de Campos. A simulação é mais fácil, até porque é mais espontânea, em verso.



PERSONALIDADES POÉTICAS

CAEIRO é o homem ligado à natureza, ele só acredita mesmo no que ouve e no vê. Para ele, não existe mistério:
O que nós vemos das coisas são as coisas.
Por que veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Por que ver e ouvir seria iludirmo-nos.
Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa. [...]
(HUMANISTA/NATURALISTA)

                                                                       
      Ver o        verdadeiro



RICARDO REIS faz uma poesia clássica, pagã, preocupada com a passagem tão rápida do tempo, que tudo aniquila, no melhor estilo do poema da Antiguidade, Horácio:
Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.

Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
(TEMPORAL)

                                                                     

   Poético
 


ÁLVARO CAMPOS, ao contrário de Reis, é o poeta da modernidade, da euforia e do desencanto da modernidade, da euforia e do desencanto da modernidade; é o poeta da irreverência total a tudo e a todos:
LISBON REVISITED

Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas.
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) –
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na (...)
(IRREVERENTE)


                                                                      
 Modernista
  



EXPLICAÇÃO DE SUA DEPRESSÃO

Há em mim fenômenos de abulia que a histeria, propriamente dita, não enquadra no registro dos seus sintomas. Seja como for, a origem mental dos meus heterônimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Estes fenômenos – felizmente para mim e para os outros – mentalizaram-se em mim; quero dizer, não se manifestam na minha vida prática, exterior e de contacto com outros;  fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo. Se eu fosse mulher – na mulher os fenômenos histéricos rompem em ataques e cousas parecidas – cada poema de Álvaro Campos (o mais histericamente histérico de mim) seria um alarme para a vizinhança. Mas sou homem – e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia...
(Me identifico bastante com esse trecho da carta escrita a seu amigo, Adolfo Casais Monteiro, em 17 de março de 1925, ela retrata muito bem a similaridade que existe em mim e Fernando em tratar dos nossos medos e histeria com o "silêncio e a poesia". Será eu também um histeroneurastênico? Acho que não, sou mais introspectivo mesmo...)

DOR ESCONDIDA
(Autopsicografia)

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


“Aí, o poeta explica o que para ele é a criação de um poema, sugerindo que existem duas dores, a que o poeta sente e a que ele cria na poesia, e é a segunda que o torna fingidor. E foi o que Fernando Pessoa fez: fingiu tão completamente ser outros que não conseguiu encontrar a si mesmo. Mas isso se justifica: para o poeta, o fingimento é a forma de chegar à verdade essencial, e só se pode chegar á verdade essencial através do poema.”

(É claro que esse conceito é muito particular e épico também - toda essa definição de verdade essencial era por causa da dor momentânea de Pessoa em relação a seu rompimento com Ophélia, sua namorada, que por ciúmes, assim fala Álvaro de Campos, tinha dela. Hoje não precisamos fingir para fazer poesias; muito pelo contrário, as melhores poesias surgem com a verdade da alma. Ela precisa falar!)

DATAS IMPORTANTES

Em 1935, Fernando Pessoa escreve a famosa carta ao crítico Adolfo Casais Monteiro, datada de 13 de janeiro, em que explica como nasceram os heterônimos e na qual se revela um ocultista, um místico.
Morre no dia 30 de novembro de 1935, às 20h30, aos 47 anos, de cirrose hepática.

QUEM É E O QUE FEZ FERNANDO PESSOA

São ensaios, mais de mil poemas, três heterônimos, um semi-heterônimo desdobrado em dois (Vicente Guedes e Bernardo Soares), mais de setenta pequenos heterônimos (sem obra consistente), cartas, contos, teatro, textos políticos, notas etc. É a obra do fingidor, do polêmico, do criador de vanguardas, do ocultista, do poeta dramático, do poeta das quadras populares, e do questionador em busca de ser, que foi tanto a sua criação que se perdeu de si mesmo:
“Quem sou, que assim me caminhei sem eu
Quem são, que assim me deram aos bocados
À reunião em que acordo e não sou meu?”

(Fernando Pessoa foi um gênio! Capaz de criar pessoas imaginárias e viver com elas e para elas. Foi um mestre da poesia, foi um ser romântico e histérico ao mesmo tempo - controvertido em si mesmo. Pessoa foi só! Mesmo rodeado de muitos - heterônimos, poesias, paixões, perdas, dores, conquistas, títulos, denúncias, glórias etc; foi um intelectual incompreendido e um sábio silencioso. Fernando Pessoa foi um artista das letras e com a escrita pintou vários quadros poéticos, criou  coreografias e dançou sobre nossos corações com suas belas rimas, PhD na arte de interpretar - ah, esse dom tá no sangue dele! Fernando Antônio Nogueira Pessoa um criador de emoções próprias e sentimentos silenciosos...)

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Para você que gostaria de saber como surgiu essa data, segue uma breve pesquisa:


História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).


Objetivo da Data 
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.


Conquistas das Mulheres Brasileiras 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

quarta-feira, 6 de março de 2013

COMUNICADO!




Viemos através dessa postagem anunciar  nossa 1ª de muitas parcerias!!!


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